Como podem ver no post em baixo, o esritor João Tordo escreveu uma carta dirigida ao pai Fernando Tordo, que se viu obrigado a emigrar para o Brasil. Essa carta tornou-se viral na internet e houve logo quem tratasse de lhe dar uma resposta.
Um dos textos que vi é de uma senhora chamada Suse de Sousa que escreve o seguinte:
Esta resposta faz-me lembrar as birras entre miúdos, em que se "atacam" com frases do género: "o meu pai é melhor que o teu, o meu pai faz isto e aquilo e o teu pai não!".
Nem o Fernando Tordo é mais que o pai desta Suse, nem o pai dela é mais que o Fernando Tordo. Simplesmente, os dois, por força das circunstâncias viram-se obrigados a emigrar. Como tantos outros fizeram e continuam a fazer diariamente, porque todos os dias há portugueses a partir em busca de um futuro melhor. O facto do pai desta senhora já estar «batido nisso» da emigração, não o faz melhor pessoa, que o pai de qualquer um de nós.
Diz a Suse no seu texto, que «o choradinho nunca levou ninguém a lado algum». E eu pergunto, mas quem é ela para dizer o que quer que seja relativamente aos sentimentos de João Tordo? Quem somos nós para julgarmos a tristeza dos outros? João Tordo limitou-se a fazer uma carta a dizer o que lhe ia na alma, triste por ter de ver o pai a emigrar com 65 anos e magoado «pelos palavrões duros» que teve de ouvir a seu respeito. Será que a Suse gostaria que falassem mal do seu pai? Concerteza que não, até porque foi para as redes sociais "vangloriá-lo" com esta resposta que deu .
Acho, que com esta carta, João Tordo, para além de desabafar o que lhe ia na alma, mostrou também a sua indignação com a crise que o país vive, mas não só com a crise ecnómica:
É triste vivermos numa sociedade em que além da crise económica, também a sociedade está em crise de valores, tenho a sensação que as pessoas estão sempre à espera de um pretexto, para nas redes socias desatarem a achincalhar alguém, então se esse alguém for conhecido, é perfeito! As pessoas querem arranjar bodes expiatórios onde não os há e onde os há tapam os olhos.
É que andamos tantos anos a ser desgovernados, a ser roubados e a quem nos roubou, ninguém se vira. Atacamos aqueles que como nós estão mal, e fingimos não ver os que vivem à grande e à francesa à nossa custa com reformas milionárias.
Tenho lido varias observaçoes acerca do tema que abordas aqui,,e so te digo,,esta tudo aqui, de que sinto em relaçao ao assunto..Dizes tudo mesmo..
Somos um país de bandos costumes e so reclamamos por insignificancias ..tais como bem ilustras..no futebol..esse sim..e um motivo "potente" ..:(
E sobre o Joao e o Fernando Tordo, so tenho a dizer,,que os admiro aos dois,,e fico completamente desapontada pelo circo que se fez a volta desta questao...e sim esta pessoa que escreve este texto..so lhe digo..eu tambem sou filha de pai emigrante, ausente, e sim senti muito a falta dele no meu crescimento e minha vida pessoal,,,vale sabes o que ? O amor incondicional que ele tinha pelas filhas,,,e mesmo ausente..nunca me faltou em Amor,,o resto..o resto sao vidas..cada um tem a sua..!!!
Bom dia. Eu sei que existem alguns iluminados que estão muito bem instalados à custa de pessoas como Fernando Tordo que só por dizer e fazer o que lhe vai na alma e muitos portugueses gostavam de fazer mas infelizmente nao podem e nao venham dizer que somos um País de liberdade. Existe défice de democracia e muito. Força família Tordo. Também penso que os nossos políticos deviam imigrar só com ida
Bom dia. Eu sei que existem alguns iluminados que estão muito bem instalados à custa de pessoas como Fernando Tordo que só por dizer e fazer o que lhe vai na alma e muitos portugueses gostavam de fazer mas infelizmente nao podem e nao venham dizer que somos um País de liberdade. Existe défice de democracia e muito. Força família Tordo. Também penso que os nossos políticos deviam imigrar só com ida
País miserável, cujas pessoas, salvo raras excepções, só vivem com o mal dos outros...Tenho vergonha deste país e deste ar que tenho de respirar e partilhar com tanta "gentalha". Temos o país e os governantes que merecemos!..., vejam as sondagens!... Força família "Tordo".
Ânimo aos milhares de Tordos. Saí de casa de meus pais, pobres, da Beira Interior, com apenas 11 anos de idade (isso mesmo, 11 anos), e fui trabalhar para uma herdade no Cartaxo. Tinha concluído o ensino primário como melhor aluno. No ano seguinte trabalhei na ainda famosa Quinta da Alorna. E pelo Ribatejo andei a trabalhar arduamente nas vinhas até aos 14 anos, com horário de sol a sol - é verdade, de sol a sol - indo a casa de meus pais só de meio em meio ano. Éramos, eu e outros miúdos, sovados pelos rudes capatazes (equivalente a encarregado). Ai de nós se chorássemos expressivamente! Não tive o azar (sorte) da Suze. Tive de trabalhar na idade de brincar e estudar para ajudar a minha família a sobreviver. Era o que o Salazar tinha para oferecer. Regressei à escola com 19 anos e sempre à noite, na condição de trabalhador estudante, cheguei à Faculdade. Trabalho há 47. Desconto há 43 para a Segurança e segundo a lei implementada por este governo, com o apoio do Presidente da República, não me posso reformar porque tenho menos de 65 anos. Cara Suze, com todo o respeito, Deixe-me estar ao lado dos Tordos. José da Silva
Ó Zé da Silva,se tens hoje 47 anos tinhas UM (1) aninho quando "o Salazar" caiu da cadeira!!! Para de dizeres asneiras, ó Silva. Não te estudo antes de arrotares porque me parece que a tua vocação é mesmo a de arrotar.
A mim parece-me, que o "A Mim Me Parece" simplesmente não lê os comentários. O José da Silva diz que trabalha há 47 anos, não diz que tem 47 anos. Aprenda a ler, antes de desatar a insultar as pessoas.
O Fernando Tordo lá tem as suas razões, mas que o pais a caminhar desta forma está muito lá isso está. A carta do filho foi parar ás redes sociais porque rendeu dinheiro na comunicação social. Este governo de imbecis a unica coisa que sabe fazer é fazer cortes em salários médio e nas pensões médias, e obedecer á troika, porque naquelas pensões daqueles 56 e de mais que por aí andam não tem a coragem de reduzir para metade, vejam só o Jardim Gonçalves em acuulação de pensões recebe 156.000€ mensais, então isto não é uma loucura, tudo para uns e nada para outros. Portugal está a caminhar contra a parede economicamente, agora vai haver mais despedimentos com a novo regulamento laboral, e tudo isto com a conivência dos bandidos do FMI, do BCE, e da troika, não tenham a mais pequena duvida. Estamos a recuar no tempo, já recuámos 12 anos em termos de salários e pensões, e vamos recuar 40 anos ao tempo do Salazar que havia muita coisa mas não havia dinheiro. O Salazar quanto ás minhas contas faleceu em Novembro de 1969, mas só foi dado como morto em 27 de Julho de 1970, eu já era grandinho, foi tudo uma vigarice da Igreja Católica naquela altura liderada pelo Cardeal Cerejeira, tinha mais poder que um governo. QUALQUER DIA EMIGRO EU!
Acho o post muito moderado e concordo com o que nele é dito. Os Portugueses têm imensa energia para dar bicadas uns aos outros, mas têm poucos hábitos como consumidores de denunciar atropelos e lutar pelos seus direitos, como trabalhadores de denunciar abusos e submeterem-se a todas as provações, como cidadãos de exigirem competência aos serviços públicos, de participarem pouco em actividades cívicas , manifestam-se pouco e estão preparados para abdicar de tudo, menos da "má língua". A saída de Fernando Tordo do nosso país e a carta do seu filho, são apenas mais uma expressão da crise que vivemos. Quem pode ficar indiferente a assistir às partidas e chegadas do aeroporto de Lisboa de jovens, pais separados dos filhos, avós a criarem netos, para mim que tenho 58 anos e 42 de vida profissional, é como voltar a reviver a partida dos meus tios e primos para França na década de 60 e 70, é ver o meu filho, profissional reconhecido a dar o seu contributo num país estrangeiro e não ser aproveitado no seu próprio país, é ter as minhas netas longe. Continuo a lutar no meu dia-a-dia para não ver morrer as conquistas e direitos por lutei, tinha 18 anos quando se deu o 25 de Abril, e nunca pensei nesta idade ver os jovens do meu país e o velhos a serem tão mal tratados. Doeu-me a saída do Fernando Tordo porque é um símbolo da minha geração, mas em vez de discutirmos entre nós, vamos mas é lutar pelo nosso Portugal da melhor maneira e dizer "Adeus Tristeza até depois.....
Meu caro. O que é que o PCP tem a ver com a ida do Sr. FERNANDO TORDO imigrar para o Brasil? A sua observação nem merece ser comentada por isso não perco mais tempo com um caso perdido neste país mal frequentado, pobre e deprimente.
Cara Maria: Não me parece haver muita necessidade em quem , acompanhado da mulher, viaja de avião para o Brasil e volta em Abril. Em meu entendimento, trata-se de uma "emigração" privilegiada de quem pode fazer três meses de férias num país tropical a beber chope na praia e de chinela no pé. Além disso o que realmente Tordo foi fazer ao Brasil foi participar num projecto da Orquestra de Pernambuco e ganhar bom dinheiro. Mas, lá está; com papas e bolos se enganam os tolos, que pelos comentários postados fica bem esclarecida a sagacidade portuguesa.
Era bom que todos os emigrantes deste País fossem Fernandos Tordo, quem acredita nestas choramingas, muito bom a resposta da Suse de Sousa. Vamos lá ver se o Fernando Tordo arranja um trabalhinho bom para poder dar de comer à familia e ainda juntar uns tostões não esquecendo de pagar a dízima ao PCP!!!.
é por haver meninos e meninas como voces que chegamos ao que chegamos.
Se os comunistas são tão poucos e insignificantes, foram voces que colocaram este pais na desgraça em que está.
Pois eu também sou pobre e filha de gentes pobres, sou licenciada em economia, e um marido desempregado á mais de 4 anos e com 42 anos de descontos não tem direito á reforma porque na altura do desemprego só tinha 51 anos. Isto acontece não por culpa dos comunistas mas por culpa de todosos que passaram pelo governo até hoje e daqueles que os posseram lá com os seus votos ou pela falta deles. Tenho vergonha de um pais facista, e corrupto que afasta o seu povo. onde cada vez mais se é ganancioso e cá está o pobre paa encher as barrigas desses individos a quem chamam empresarios de sucesso.
É natural que um rebanho sem pastor, não respeite o dono nem os cães! É o País que temos e tivemos, NÓS não somos uma Nação Valente, somos um bando que vagueamos ao cimo da terra. Para bom entendedor meia palavra basta! Leiam, fotocopiem o comentário do BORBOLETA e distribuam a cada Português, para se verem ao espelho. Tenho dito.